Quem saberia responder...
Acredita-se que
parte deles já tenham sido guardados, há muito, dentro do coração, e ali
permaneçam esperando o momento certo, o chamado, para que possam ser
carinhosamente gerados no útero de suas mães, delicadamente acariciados e
acalentados naquela barriga sonhada que cresce para o mundo.
Outros vieram de botões de rosas que
foram cultivadas cuidadosamente e quando presenteadas se abriram desabrochando a
nova vida. Alguns bebês aguardavam em nuvens a passagem de cegonhas que durante
a migração recolhem estes seres em seus vôos longínquos e os trazem juntamente
com o anúncio da primavera.
Há ainda aqueles que também nas nuvens,
esperaram o vôo dos anjos, que nas noites visitam casas daqueles que serão
agraciados com o presente advindo do céu. Há a hipótese de que bebês sejam
pequenos seres de outros planetas com a incrível capacidade de modificar
ambientes e vidas inteiras tão logo iniciem sua jornada para o universo
familiar.
Em todas estas hipóteses o carinho com
que são imaginados, gestados no coração, determina em muito a maneira como
serão recebidos, educados e amados por cada uma das pessoas que ingressam neste
universo encantado. Pessoas que sonham retribuir o imenso amor pelo qual são
tomadas durante a gestação e para tanto não medem esforços para celebrar a
vida. A ‘vida nova’ que surge com o nascimento de um novo ser e a ‘nova vida’
com todas as modificações trazidas por este processo de “encantamento gravídico”.
Vamos celebrar sim! E celebremos todos os
nascimentos, desde o primeiro dia, desde o primeiro choro, a lágrima que
escorre nas pequenas peles de pêssego, o abrir dos olhos de cada dia, o
primeiro sorriso, o apertar das mãos, o olhar que fala na amamentação, a fala
em gestos, em choros e em beicinhos.
Celebremos a vida que nasce em cada uma destas ações, a cada dia, nos anos que
se seguem... Celebremos criativamente e tão pura e divertida quanto uma criança
consegue ser. E que nestas celebrações possamos nos lembrar dos sentimentos
envoltos em cada uma destas etapas, e que façamos de nossas comemorações um
universo de carinho, e beleza, e aromas e poesia criando ambientes e momentos
que nos façam lembrar do mais importante: Celebrar a vida!!
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Christine Rocha é psicóloga graduada pela PUC Goiás, dedica seu tempo a estudos sobre as relações e o comportamento humano e a trabalhos na área clínica e social.
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